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Poções é uma cidade que tem grandes histórias para serem contadas, obviamente como tantas outras têm. Mas aqui é a terra do Divino Espírito Santo; das casas de terreiros; de antigas igrejas evangélicas; dos espíritas; do cinema e de importantes cineastas da Bahia e do Brasil, como Geraldo Sarno, Tuna Espinheira e Fernando Belens; de poetas e escritores que se juntam a Affonso Manta e Elder Oliveira; de artistas plásticos como Adilson Santos; de grupos de teatro, de filarmônicas; de grandes músicos. É a terra que acolheu italianos, ciganos e muitas outras pessoas que ajudaram a edificar esta pequena cidade do Sertão da Ressaca, que faz a clivagem entre a mata e a caatinga, entre Morrinhos e Bandeira Nova. Há muito que se contar sobre os mais de 130 anos de Poções.

Tantas outras referências tão importantes quanto estas não estão citadas neste pequeno espaço.  Porém, sempre pensei na necessidade de se contar algumas histórias que ainda são narradas por aquelas pessoas mais velhas e que ajudaram a cidade a ser o que é hoje.  Trazer os causos para este lugar passou de uma vaga ideia que sempre vinha e me incomodava por não concretizá-la à criação deste blog. Manter viva, por meio da escrita, as lembranças e os recortes de uma sociedade que só existe na memória de algumas pessoas e nas edificações é um dos objetivos deste trabalho.  Além do mais, tentarei trazer  crônicas e outros gêneros sobre a Poções de hoje, percorrendo os caminhos entre o passado e o presente, como fazem há anos as casuarinas na Praça da Bandeira. Elas estão lá,  plantadas, sacudindo seus galhos, sendo testemunhas das transformações, registrando em suas folhas os sorrisos e lágrimas que já passearam ou se sentaram aos seus pés.

Recentemente, Leonel Nunes me disse que quando chegou a Poções nos anos de 1950, ouvia-se os cantos das casuarinas, principalmente no inverno, e que havia várias delas na Praça da Bandeira. Hoje ainda restam algumas. Mas as que estão lá são persistentes e agora sussurram pequenas melodias, sem muito fôlego para cantar como na tenra idade. Este blog será então um pequeno sussurro sobre as histórias de Poções, contadas muitas vezes por aqueles que as mantém em suas memórias e que podem relatá-las.
 

5 comentários:

  1. Excelente iniciativa Fábio! Fiz um trabalho sobre o Centro de Poções e me interesso muito pela história de nossa cidade! Grande abraço

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  2. Obrigado Grazielle! Nossa cidade tem muita coisa a ser contada. Abraço

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